sábado, setembro 15, 2007

De graça até injeção na testa

Lembram que eu disse que ia vender os meus ingressos para o Austin City Limits? Pois então, coloquei no eBay e vendi para uma moça de Oklahoma. Ganhei 40 dólares. Vi a lista das bandas e não me empolguei, achei que valeria mais a pena usar o dinheiro para alguma outra coisa.

Ontem estava eu montando umas mesas no nosso escritório, pois aumentamos o nosso espaço, quando o dono da empresa veio e me perguntou se eu ia no ACL. Eu disse que não e ele emendou perguntando se eu queria ir. Eu hesitei, e ele perguntou: "Se for de graça você vai?". Pensei eu: "De graça até injeção na testa!", e disse "Claro!". Ele puxou uma pulseirinha (passe de três dias) e me deu: "Só me procura lá e me paga umas cervejas". Já eram umas 4 horas da tarde, e o festival já rolava desde o meio-dia. Mas tudo bem, ainda tem o sábado e o domingo.

Corri no computador e vi os horários das bandas, pois nem isso eu lembrava. Perdi Bela Fleck, Joss Stone, Crowded House e Queens of the Stone Age. Cheguei lá e vi um pedaço de Kaiser Chiefs, o show inteiro do The Killers e um pedaço do show da Björk. Os palcos separados e a intersecção dos horários fazem isso acontecer.

Muita gente. A última vez que eu fui ao festival foi em 2002, na primeira edição. Era tranquilo, você tinha muito espaço livre pra caminhar. Agora é lotado! Você esbarra em gente (ou cadeiras e cobertores) o tempo todo. Americano tem mania de levar cadeiras de armar para os shows, daí montam aquele acampamento onde bem entendem. Pelo menos nesse festival a organização definiu áreas onde não pode armar cadeiras.

Eu não sei... não consigo me empolgar com essas bandas novas que estão por aí... eu simplesmente não as compreendo. Também ainda não fiz força pra isso, talvez esse festival ajude um pouco. Não tem nada de novo, e também nada de velho que seja bom. Vi um pedaço de Kaiser Chiefs, não me impressionou. Já o show do The Killers é um show bonito, estético, e eles têm uns refrões pegajosos, os americanos estavam cantando junto quase todas as músicas. Mas musicalmente nada de extraordinário. O vocalista toca um pouco de teclado e baixo, mostrando versatilidade. Depois fui pegar um pedacinho do show da Björk, o último da noite. Essa mesmo, não engulo. Ela atira pra tudo que é lado, sem noção. Mas uma coisa foi interessante: tinha um cara tocando a "Reactable", aquele novo instrumento que foi desenvolvido pela Universidade de Barcelona (http://mtg.upf.edu/reactable/), veja os vídeos no YouTube. Foi legal ver uma aplicação prática da Reactable.

Uma curiosidade: uma das camisetas oficiais do evento é uma camisa baseada na da seleção brasileira de futebol. É amarela, diz ACL Festival em verde e tem o logo da CBF alterado, com guitarrinhas ao invés das quatro folhas brancas no símbolo, com as iniciais ACL, e o número 07 atrás, também em verde. Muito legal! Só que não entendi nada... qual é a relação entre o ACL e o Brasil? Deve ter algum brasileiro na equipe que fez o design das camisetas, só pode!

Estou saindo agora para o segundo dia de shows, quero ver Blue October, Damian Rice e Muse. Amanhã um novo relatório!

Um comentário:

Telli disse...

Salve! Tá ficando que nem o meu blog isso aqui. hehehe Atualiza! :)

Bração!!