quarta-feira, junho 24, 2009

It Might Get Loud

Recebi esta dica do meu colega de trabalho Drew Ingersoll hoje. Em agosto será lançado nacionalmente (nos EUA) o filme "It Might Get Loud" (tradução livre: Pode ficar barulhento), que é um documentário estrelando Jimmy Page, The Edge e Jack White, três gerações da guitarra elétrica, veja só o trailer:
Fiquei com bastante vontade de ver. Eu gosto bastante de ler sobre música e instrumentos, e filmes são mais legais ainda. Não sou fã do Jack White, mas ele representa uma geração e um estilo de música baseada em guitarra, que é bastante importante no cenário musical atual.
A distribução deve ser reduzida, mesmo nos EUA, mas em algum cinema de Austin deve passar. Vamos ver se passa nos cinemas no Brasil também.

quarta-feira, junho 17, 2009

Eddie Van Halen processa Nike

Recentemente vibrei com a notícia que Eddie Van Halen estava lançando um modelo de tênis com a pintura igual à da sua guitarra Frankenstein, que virou um ícone do rock mundial. Olha só como ficou:


A Nike parece que percebeu o potencial e lançou um dos modelos do Nike Dunk Low com o mesmo padrão de cores. Veja só:
Cópia ou não, não tem como não associar esse padrão de cores e listras ao Eddie. Além disso em 2001 ele conseguiu registrar isso como marca registrada, ou seja, ninguém pode utilizar. Acho que a Nike vai perder essa queda de braço, por mais super poderosos que eles sejam. Mas não sou expert em marcas então não posso dizer nada.
Eddie acusa a Nike de "danos irreparáveis" à marca, pedindo a apreensão e destruição de todos os tênis produzidos, assim como todos os lucros gerados pelas vendas que já aconteceram, e mais perdas.
A Nike diz que o design deles é substancialmente similar a nenhum dos designs do Van Halen, e que não se referenciou a "Van Halen" em nenhum material promocional ou campanha associada ao tênis.
Vamos ver quem ganha essa. Na real, esse tênis da Nike é mais feio do que o do Eddie, mas se aparecer aqui no Outlet eu compro. :)


Extreme + Ratt

Hoje o André me deu a dica que o Extreme está passando pelo Texas novamente. E com o Ratt a tiracolo.

Warren De Martini e Nuno Bettencourt no mesmo palco vai ser o bicho. Dia 13 de julho, uma segunda-feira, num bar em San Antonio. Já comprei o ingresso!

domingo, junho 14, 2009

Coldplay

Semana passada fui ver o Coldplay no AT&T Center em San Antonio. É o estádio onde jogam os San Antonio Spurs, time de basquete quatro vezes campeão da NBA. Fui mais por causa da Gi, minha esposa, que gosta das músicas deles, mas nunca tinha visto nem foto deles. Tem umas músicas boas, mas nada que me arrebate, que deixe os cabelos do braço em pé, sabe?
Me perdoem os fãs da banda, pois eu realmente sou leigo em assuntos Coldplay. Mas o show é muito bom. Os caras realmente sabem engajar a galera, executam as músicas com perfeição, num cenário que a princípio parece simples, mas que vai se modificando ao longo do espetáculo. E ainda reservam algumas surpresas para o público.
As bandas de abertura eram Howling Bells e Snow Patrol. Chegamos tarde e perdemos a primeira. A Snow Patrol já tem um certo renome no cenário do rock alternativo, e também fez um ótimo show. Infelizmente eu só conhecia uma das músicas deles então a experiência foi mais superficial.
O Coldplay já está na estrada faz tempo com esta turnê, já tinham passado pelo Texas em outubro, quando tocaram em Dallas e Houston. Dá pra ver que está tudo ensaiadinho na ponta dos dedos.
O set list está aqui neste link, do site setlist.fm, que por sinal é muito legal. Leigo como sou, senti a falta de "Speed Of Sound", uma das que eu gosto mais. Mas "Viva La Vida", plágio do Satriani ou não, funciona muito bem ao vivo, ainda mais com aquele coro... o povo saiu do show cantarolando aquilo.
Muito interessante como eles se movimentam pela arena, cantando algumas músicas em posições diferentes do estádio, inclusive uma hora bem atrás de onde estávamos. Gostei muito da cover de "I'm a Believer".
Mais para o final do show, uma chuva de confetti em forma de borboletas durante a música Lovers In Japan, um efeito maravilhoso. Descobri neste site que uma empresa de Illinois chamada StrictlyFX é responsável por mais de 30 sopradores que espalham as borboletas pelo estádio.
E neste outro site, li que Chris Martin, vocalista da banda, disse que "mesmo se o show estiver uma merda, tem dois momentos em que tudo vai estar bem: Viva La Vida e quando as borboletas brilham no escuro". E ele tem razão: nestes momentos olhei para o lado e estava todo mundo sorrindo!
Um ponto que me chamou muito a atenção foi a edição de vídeo do que está acontecendo ao vivo e passando nos telões. Normalmente edição de vídeo ao vivo para telão é uma edição lenta, nada muito trabalhado, somente para dar uma experiência melhor para quem não está muito perto do palco. A do Coldplay não: era uma edição digna de DVD de show, com cortes rápidos e sincronizados com as músicas. Procurei para ver se tinha alguém mesmo editando aquilo na mão, on-the-fly, ou se era tudo programado por computador, mas não consegui ver. Provavelmente o editor estava em alguma cabine fechada com vários monitores. Impressionante!
No final, um regalo, eles distribuíram um disco ao vivo para todos os presentes (ou os que tiveram paciência de sair pelas portas onde havia distribuição), entitulado LeftRightLeftRightLeft. Melhor impossível. Tem que tirar o chapéu pros caras.

terça-feira, junho 09, 2009

Bem-vindos a bordo do Vôo 666!


Hoje o Iron Maiden lançou o documentário Flight 666, sobre a turnê mundial que eles fizeram em 2008, em 25 países, a bordo do avião Ed Force One, que recebia o número de vôo 666 em todos os trechos.

Por sorte, estava eu sábado à noite em casa, olhando os canais da TV quando de repente vi num canal chamado Palladia, um canal só de música em alta definição, a chamada para o documentário do Iron Maiden. Interessante: eles passaram o documentário no sábado na TV, antes mesmo do lançamento do DVD/Blu-Ray.

Bom pra mim, assisti e gravei. Para quem é fã do Maiden como eu, é indispensável. Mostra a turnê, os shows, os bastidores, o avião, a turma que viajava junto, as horas de folga, o carinho dos fãs e da banda com eles, um filmaço.

Para quem perdeu a turnê Somewhere Back In Time, foi um presentaço para os fãs. Eles tocaram somente músicas dos anos 80, com a exceção de Iron Maiden. Coisas que eu nunca achei que ia ver ao vivo, como Wasted Years e Rime of the Ancient Mariner, estavam lá. Esta última, inclusive, foi a música que Bruce Dickinson mais gostou de poder executar de novo. Ele conta isso no filme.

Vi esta turnê na sua segunda perna, quando eles passaram aqui pelo Texas. Mas era o mesmo show que aparece no filme. Tenho várias fotos, vou ver se consigo publicá-las!

Alguns pontos interessantes:
1. Eles estão ficando velhos... já não aguentam tanto quanto faziam antigamente. Sem um avião próprio não conseguiriam ter feito esta turnê.
2. Eles têm uma paciência enorme com os fãs, mas em determinado ponto do filme eles comentam que tem gente que se passa. Em alguns lugares não puderam nem sair do hotel, e em outros até mesmo dentro do hotel eles não tinham sossego. Interessante pois bate com uma matéria que li no mesmo dia, do Ross Halfin, renomado fotógrafo do rock, na revista Guitar World sobre a indução do Metallica ao Rock and Roll Hall of Fame. Em outro post eu falo sobre isso.
3. Musicalmente estão melhores do que nunca.
4. É emocionante ver a paixão das pessoas... tem uma hora no filme que mostra um moleque chorando porque acabou de ver o Iron Maiden tocar, no final ele faz o sinal da cruz, e olha pro céu agradecendo a Deus. Muito lindo.
5. Falando em Deus, tem uma parte do filme que não precisava... eles acharam um tal pastor evangélico no interior de São Paulo que tem não-sei-quantas-mil tatuagens do Iron Maiden pelo corpo. O filho dele chama-se Steve Harris. Quer ver? http://www.youtube.com/watch?v=mbEWcVbQ5rw

Não espere um vídeo de show. Apenas trechos das músicas aparecem. É um documentário. Mas como bem lembrou o Humberto, o DVD/Blu-Ray traz o documentário e também os vídeos na íntegra, de uma música em cada cidade. Tem Heaven Can Wait gravada em São Paulo no Parque Antarctica e The Clairvoyant gravada na Pedreira Paulo Leminski em Curitiba. Comprei também o CD com a trilha sonora, e é muito bem gravado por sinal!

Chickenfoot é excelente!

Também, que dúvida... reunindo todos esses caras todos numa banda só, não ia ter como dar errado. Pode ser que os egos se confrontem mais para a frente, pode ser que não, mas a música é de primeira.

Confesso que não fiquei impressionado com as duas primeiras músicas do disco, Avenida Revolución e Soap On A Rope. A primeira música não é muito legal, e a letra fala dos mexicanos que atravessam a fronteira ilegalmente. Mas a maioria das músicas fala de festa, mulher e bebida, no bom estilo Sammy Hagar. A segunda música tem um groove legal, mas o solo é muito embolado... esperava um Satriani mais inspirado no início do disco.

Felizmente a partir da terceira música a coisa começa a decolar. A musicalidade começa a aparecer mais e você não tem como não bater o pé junto. Sexy Little Thing é uma levada estilo The Cult, boa para dirigir por aí. Em seguida vem a música de trabalho na rádio, Oh Yeah, é surpreendentemente complexa para esta função. Tem várias seções diferentes, e os solos são bem melódicos, do jeito que eu gosto do Satriani. Uma coisa legal desse disco é que ao contrário dos discos do Van Halen, o baixo está bem proeminente, mais do que merecido para Michael Anthony. A quinta música, Runnin' Out é um exemplo disso. Get It Up vem depois, e é como Avenida Revolución deveria ser, uma levada mais reta, mais acessível. Tem umas quebradas no meio que são sensacionais, com Satriani mostrando a que veio.

Down The Drain começa bem, depois entra num lance muito parado, baixo pedal no mizão, que não me atrai muito. Mas tem uma bridge bonita e um shuffle no final para salvar. My Kinda Girl é o meu tipo de música, apesar do tom menor que não é minha praia: refrões pegajosos, backing vocals, fills de guitarra, tudo de bom. Uma música mais lenta vem em seguida, chamada Learning To Fall, bem bonita. E para fechar o disco tem duas sonzeiras, Turnin' Left e Future In The Past. Turnin' Left é parecida com algumas músicas do David Lee Roth, como She's My Machine, e Future In The Past é um épico cheio de partes diferentes, começando no violão e terminando numa catarse sensacional. Talvez a melhor música do disco.

Muito interessante é o preço do download na Amazon: $3.99! Eu comprei o disco na BestBuy por $9.99 no dia do lançamento por duas razões, primeiro por que sou fã dos caras (quase comprei a versão em vinil por $19.99), e segundo para poder ter as músicas em formato lossless (sem perdas, ao contrário do mp3). Mas fiquei um pouco frustrado... o CD não tem encarte com as letras, falaram que ia ser uma embalagem sensível ao calor, que iria mostrar uma foto deles atrás da capa preta, não vi nada disso. Mais, a versão para download no iTunes ($9.99) tem uma Bonus Track que não tem no CD, chamada Bitten By The Wolf. De repente era melhor fazer o download mesmo...

De toda forma, dêem um jeito de ouvir, rápido!