terça-feira, julho 31, 2007

KISS faz show como um trio!

Pela primeira vez o KISS faz um show como um trio. Paul Stanley se sentiu mal, com taquicardia, durante a passagem de som para um show na última sexta-feira em San Jacinto, CA. Teve que tomar uma injeção para momentaneamente fazer o coração parar e voltar num ritmo normal.
Dog McGhee, manager da banda, subiu ao palco para anunciar que o show não ia acontecer, mas Gene Simmons pediu para falar com os fãs. Ele então perguntou se eles queriam que a banda fizesse o show mesmo assim. É claro que todo mundo gritou que sim e o show rolou. Só relembrando: o KISS hoje é formado por Gene, Paul, Eric Singer (bateria) e Tommy Thayer (guitarra).
Desejo melhoras a Paul! Ele diz no seu site oficial que está absolutamente normal, que está tudo bem. Ótimo!

segunda-feira, julho 30, 2007

Adam Pascal e Anthony Rapp estão de volta a RENT na Broadway

Esta foi a melhor notícia da semana. A partir de hoje, Adam Pascal e Anthony Rapp, retornam aos papéis de Roger e Mark no aclamado musical RENT de Jonathan Larson. Eles fizeram parte do cast original, e há dois anos participaram da versão cinematográfica dirigida por Chris Columbus.
RENT está em cartaz há 10 anos no Nederlander Theatre, na 42nd Street em New York. Fica bem perto da Times Square. Eu e Gi, junto com o Douglas e a Cris, tivemos a sorte de assistir a apresentação que celebrava 10 anos de Broadway, em abril do ano passado. O teatro é bem simples, nada perto do luxo de um Teatro Abril em São Paulo, por exemplo.
Para mim, RENT é o show da Broadway mais rico na parte musical, na história e mensagem que passa. Outros podem ter produções espetaculares e cantores maravilhosos, mas é RENT que me leva as lágrimas cada vez que assisto.
Sem querer estragar para quem não conhece, RENT conta a história de um grupo de pessoas marginalizadas na New York do início dos anos 90. A violência, a AIDS, o preconceito e a opressão dos poderosos já assolavam a vida dos novaiorquinos, mas apesar disso, Jonathan Larson queria passar uma mensagem de esperança, de amor.
Ironicamente, Larson não viveu para ver o seu sucesso. Ele faleceu logo após uma das pré-apresentações de RENT, antes da estréia, vítima da Síndrome de Marfan, uma doença muito rara.
Grande parte do sucesso de RENT também se deve ao magnífico cast original: Adam Pascal, Anthony Rapp, Jesse L. Martin, Taye Diggs, Daphne Rubin-Vega, Idina Menzel... Sensacional! Para o filme, eles fizeram audições para um novo cast. Um dia Adam e Anthony visitaram o casting para dar uma força na seleção. Quando Chris os viu, pensou: "Nossa, eles não envelheceram nada!", e resolveu chamar todo o cast original. Dos atores principais, somente Daphne Rubin-Vega (Mimi) e Fredi Walker (Joanne) não puderam participar. Aí eles convocaram Rosario Dawson para o papel de Mimi e Tracie Thoms para o papel de Joanne, e elas não deixaram por menos.
E agora até setembro, Adam e Anthony reviverão seus papéis na Broadway. Imperdível! Vou ter que dar um jeito de ir a New York...
Acesse: www.siteforrent.com para mais informações.
No day but today!

sexta-feira, julho 27, 2007

Nine Days

Eu acho que nunca falei desta banda para ninguém. Hoje estava escutando, depois de muito tempo.

Conheci o Nine Days quando vim para a Lotusphere (congresso da IBM), em Orlando, em 2001. Sabendo que vinha para o congresso, olhei no Ticketmaster os shows que iriam acontecer no período, e descobri que no House of Blues de Downtown Disney ia ter um show triplo: American Hi-Fi, SR-71 e Nine Days. Aí baixei os mp3 para sentir qual era, gostei e fui ao show.

O som deles é pop rock, com melodias adesivas e letras bem feitas. A canção Absolutely (Story of a Girl) tocou muito na MTV. O show foi muito legal, eles apresentaram as músicas de seu álbum The Madding Crowd, que para mim está na estante dos que nunca enjoam, e mais algumas covers muito interessantes, como Sister Golden Hair, do America. Eu devo ter um vídeo que gravei desse show, escondido pois o House of Blues é muito chato com relação a isso. Vou procurar pra colocar no YouTube, depois atualizo o post com o link.

Então, o Nine Days andou indo e vindo nos últimos anos, lançou alguns discos mas sem muito alarde, mas agora parece que está voltando forte. Eles estão fazendo alguns shows novamente com o SR-71 (falarei mais sobre eles numa outra ocasião).

Procurem o álbum The Madding Crowd, perfeito para "escutar com a gatinha". :)

quinta-feira, julho 26, 2007

Novas (nem tanto) do Journey

Talvez vocês já saibam, mas eu não havia colocado nada no blog a respeito. Jeff Scott Soto não é mais vocalista do Journey, desde 12 de junho. Tive a sorte de ver a banda com ele, em Dallas. Claro que quando comprei o ingresso não imaginava que ia vê-lo, mas no meio da turnê Steve Augeri deixou o grupo e Jeff assumiu.
Vou falar bem sério, e nem é papo de viúva do Steve Perry... Com Soto o Journey não era o mesmo. Era legal, foi interessante ver aquelas músicas numa voz diferente, mas não era o Journey. Já com o Augeri o Journey mantinha a mesma linha. E eu posso falar de cadeira, pois já sou fã do Jeff desde o Rising Force (Yngwie Malmsteen) de 1984. Ou seja, gosto de Soto há quase tanto tempo quanto gosto de Journey.
Os rapazes do Journey não chamaram ninguém para o lugar, pois estão fazendo turnê no agitado verão americano deste ano e prometem coisa nova em 2008. Hummm, será que está pintando talvez uma turnê de reunião com o Steve Perry? Parece que tem dado certo, as turnês de The Police, Genesis, entre outros, vêm lotando arenas pelo país.
Enquanto isso, Jonathan Cain comemora a escolha de "Don't Stop Believin'" para tema da cena final da série "Os Sopranos" que terminou recentemente. Não sei como funciona no Brasil, mas aqui para que uma música seja utilizada num filme ou programa de TV, é necessária expressa autorização do autor ou pessoa que detém os direitos. E ele se gabou dizendo que não cedia a música para qualquer filme. Provavelmente eles nem sabem que esta música foi usada em 1983 para as propagandas "da" Hollywood no Brasil...

Provável set list do Dream Theater dia 4 de agosto

Já comentei que dia 4 vamos ver o Dream Theater aqui em Austin certo?
Para quem não conhece, o Dream Theater é a banda que praticamente inventou o prog metal. Isso claro que dá pano pra manga, mas o fato é que se hoje existem tantas bandas nesse estilo, é por causa do trabalho e do sucesso do Dream Theater.
A banda surgiu no fim dos anos 80, quando John Myung (baixo), John Petrucci (guitarra) e Mike Portnoy (bateria), colegas na Berklee College of Music, se juntaram a Kevin Moore (teclados) e Charlie Dominici (vocais). Mas a carreira deslanchou mesmo a partir do segundo disco, já com o vocalista James LaBrie, chamado "Images and Words". Este é um dos melhores discos de todos os tempos, seguido de "Awake", o terceiro disco. A partir daí, Kevin Moore saiu e a banda nunca mais foi a mesma. Continua boa e os instrumentistas cada vez mais virtuosos, mas as músicas são cada vez mais compridas e não têm o mesmo apelo melódico do início, tornando a apreciação mais difícil.
O André me enviou hoje o provável set list:

24/07/2007 - San Diego, CA

(Intro Video / 2001)
CONSTANT MOTION (Systematic Chaos)
TAKE THE TIME (Images and Words)
BLIND FAITH (Six Degrees of Inner Turbulence)
SURROUNDED (Images and Words)
THE DARK ETERNAL NIGHT (Systematic Chaos)
ENDLESS SACRIFICE (Train of Thought)
I WALK BESIDE YOU (Octavarium)
THE SPIRIT CARRIES ON (Scenes From a Memory)
IN THE PRESENCE OF ENEMIES (Systematic Chaos)

Encore:
MEDLEY:
I. TRIAL OF TEARS (Falling Into Infinity)
II. FINALLY FREE (Scenes From a Memory)
III. LEARNING TO LIVE (Images and Words)
IV. IN THE NAME OF GOD (Train of Thought)
V. OCTAVARIUM (Octavarium)

Nada do Awake. Mas só Surrounded já vale o ingresso!
Se você não conhece Dream Theater, escute o disco Images and Words, antes de qualquer outro.

quarta-feira, julho 25, 2007

Patrice Pike

Vou procurar fazer pelo menos um post diário de agora em diante. Claro que eles não serão muito elaborados, mas a idéia é chamar a atenção para coisas interessantes no meio musical.

Como vivo no Texas, vou utilizar esse espaço para falar dos bons artistas daqui. Austin é auto-proclamada "Live Music Capital of The World", então tem muita coisa acontecendo.

Hoje vou falar sobre Patrice Pike. Ela é uma veterana da cena musical de Austin, apesar de ser jovem. Ela fez um sucesso razoável com a banda Sister 7, com a qual lançou alguns discos, antes de sair em carreira-solo.

O seu big break foi ano passado, quando foi convidada para participar do reality show Rockstar: Supernova. Neste programa, cantores talentosos competiram pelo posto de vocalista da banda Supernova, formada por Tommy Lee (Motley Crue), Jason Newsted (Flotsam & Jetsam, Metallica, Ozzy, Voivod) e Gilby Clarke (Guns'n'Roses). Ela não venceu o concurso, mas com isso ganhou visibilidade nacional. Logo em seguida lançou o excelente álbum "Unravelling". A minha canção preferida é "Beautiful Day", a primeira faixa do disco.

O CEO da empresa em que trabalho é fã e patrocinador do trabalho de Patrice, por isso já tive a oportunidade de conhecê-la. Até dei uma canja antes do show dela, toquei umas músicas brasileiras no seu violão. Ela é muito simpática. Disse que gostaria de ir ao Brasil fazer um curso intensivo de percussão. O guitarrista que a acompanha chama-se Matt Johnson e é muito gente boa também. Conversando, descobri que o vi tocar em 2000 com o Great White em Atlanta!

Esta é a foto que tiramos juntos numa festa. Não reparem meus olhos pequenos, eu tinha pedalado 51 milhas (81km) naquele dia.


Passem lá no www.patricepike.com e escutem o seu trabalho.

domingo, julho 22, 2007

Antes que a música morra...

Este fim de semana não teve shows, então vou falar sobre um documentário que comprei, chamado Before The Music Dies (ou B4MD). Neste documentário de 2006, Andrew Shapter e Joel Rasumussen descrevem o estado atual do mercado fonográfico nos EUA. Eles entrevistaram artistas, produtores, executivos de gravadoras e DJs (não aqueles que "tocam" música eletrônica, mas sim os que tocam músicas nas rádios). Ponteado por performances de vários artistas como Doyle Bramhall II, Dave Matthews Band e Eric Clapton, o filme tenta entender o que está acontecendo com a música de verdade.
Os artistas reclamam muito do que é necessário para que um artista faça sucesso hoje em dia. Já não é de hoje que o que conta mesmo é o visual. Além disso hoje se tem uma cultura muito descartável. Os jovens ficam fãs incondicionáveis de um artista já em seu primeiro disco, para no ano seguinte esquecer completamente dele. E também muito do artista é fabricado, a partir do visual. Não é necessário ser um bom cantor. Há programas de computador que arrumam a afinação de um vocal. Basta ser magrinho e bonitinho. Eles até fazem uma experiência com uma modelo, compõem a música, gravam, arrumam os vocais, depois gravam o vídeo, muito interessante.
Nas gravadoras, um artista tem que vender milhões de discos para conseguir manter seu contrato. Antigamente as gravadoras tinham um cast grande, e investiam a longo prazo. Hoje eles querem o retorno imediato. Em uma das entrevistas, Branford Marsalis (saxofonista experiente, trabalhou com Sting durante vários anos), diz que pessoas como Stevie Wonder, Ray Charles, Bruce Springsteen, não teriam vez no mercado de hoje. E ele está absolutamente correto.
Por outro lado, você não precisa mais das gravadoras. Hoje em dia qualquer um com um Mac ou PC pode gravar um disco. E distribuir pela Internet. Isso me parece a saída para esse impasse. O problema ainda é se fazer conhecido, pois não tem a mídia tradicional que os artistas de gravadora têm. Eu acredito que o marketing também tem que ser feito pela Internet, através de banners em sites conhecidos.
Enfim, blogs como esse aqui têm essa função: dar voz à verdadeira música! Assistam o documentário, se possível. Dá pra comprar a versão download do filme bem baratinho pelo site: www.beforethemusicdies.com. Vale a pena!

quarta-feira, julho 18, 2007

Queensrÿche

Descoberta do fim de semana: os americanos (e talvez todo o resto do mundo) pronunciam "Queensryk", o "ch" com som de "k". Nunca tinha percebido isso.

Na sexta-feira o André Bastos me ligou: "Vamos no Queensrÿche em San Antonio amanhã?". Eles iriam tocar numa festa de motoqueiros, ao ar livre. Programa sensacional para um sábado. Saímos daqui às 4h30 da tarde e lá pelas 6h30 chegamos no local do show. Os ingressos custavam $35, mas compramos de um cambista por $25 e economizamos $10 cada um. O suficiente para duas cervejas. Era um anfiteatro num parque. Estava meio vazio, uma banda que nem sei o nome terminava a sua apresentação. O vocalista era bom.

Depois entraram os veteranos da banda Axe (não confundir com aquele estilo de som que vem da Bahia). Tocaram um hard rock que está já fora de seu tempo, nada muito excepcional, mas deu gosto de ver que os caras têm idade pra serem meus pais e mesmo assim ainda tocam o que curtem. O vocalista apesar da camisa horrorosa mandou muito bem, não desafinou uma só vez e alcançou todos os tons. Pena que uma das guitarras (uma G&L que eu adoro) não aparecia nada no mix final. No fim do show eu pude dizer isso ao guitarrista, espero que eles prestem mais atenção nisso nos próximos shows.

Ao anoitecer, enfim, começou o Queensrÿche. A banda é formada por Geoff Tate (vocal), Michael Wilton e Mike Stone (guitarras), Eddie Jackson (baixo) e Scott Rockenfield (bateria). Eles já têm uns bons 25 anos de carreira, e continuam com toda a força. Eles tocaram um repertório bem interessante, tocando é claro os megahits mas buscando coisas diferentes do repertório. O set list, anotado pelo André, foi:

The Whisper (Rage for Order)
Damaged (Promised Land)
Breaking the Silence (Operation: Mindcrime)
I'm American (Operation: Mindcrime II)
When the Rain Comes (Q2k)
Bridge (Promisse Land)
Lady Wore Black (EP)
The Hands (Operation: Mindcrime II)
Another Rainy Night Without You (Empire)
I Don't Believe in Love (Operation: Mindcrime)
Eyes of a Stranger (Operation: Mindcrime)
Empire (Empire)

Encore:
Walk in the Shadows (Rage for Order)
Take Hold of the Flame (Warning)
Jet City Woman (Empire)
Silent Lucidity (Empire)

Ele colocou as fotos no seu álbum:
http://picasaweb.google.com/andre.bastos/QueensrycheInSanAntonioJuly2007

E os vídeos no YouTube:
The Whisper:

Bridge:

Walk In The Shadows:

Silent Lucidity:


O show foi excelente, Geoff Tate com a voz impecável. Claro que ao vivo tem alguns agudos que ele evita, e outros ele pede para o povo cantar. Mas a experiência é que conta, e ele guarda a voz de forma muito inteligente. Mike Stone me impressionou, foi a primeira vez que o vi tocando de perto. Claro que continuo rezando toda noite para que Chris DeGarmo volte para a banda, mas depois desse show Mike Stone ganhou meu respeito. Scott continua batendo com muita força na bateria e Eddie sempre seguro no baixo.

Só o fato de ver Walk In The Shadows ao vivo já valeu a viagem. Dois pontos me chamaram a atenção. O primeiro: como o povo de lá é mal educado! Várias pessoas empurrando para chegar mais na frente, parecia que eu estava no Brasil. A namorada do Eddie Jackson (baixista) acompanhou o início do show do meu lado, mas o empurra-empurra era tanto que ela saiu e voltou pro camarim. O outro ponto: por outro lado, como eles adoram o Queensrÿche por lá! Muita gente cantando todas as músicas, inclusive as mais obscuras. Sensacional. Long live the 'Rhÿche!

terça-feira, julho 17, 2007

Storyville

O show na sexta-feira foi muito bom. Chris Layton e Tommy Shannon incansáveis... semana passada tocaram em Houston, duas noites em Austin, e uma em Dallas com os Arc Angels. Esta semana fizeram o mesmo roteiro com o Storyville.
O público nem de longe era o mesmo dos Arc Angels, apesar da música ser bem semelhante. Muito pouca gente. Mais uma vez me surpreendi com a banda de abertura. Era uma guitarrista/vocalista chamada Caroline Wonderland. Ela toca sentada, somente com os dedos, uma Telecaster semi-acústica. Acompanhada somente de um tecladista e um baterista, ela mostrou suas habilidades nada comuns na guitarra e uma voz potente e dinâmica. Suas músicas abrangem todas as variações do blues, e ela apesar de mostrar uma certa timidez, faz bastante piadas entre uma música e outra. Ótimo divertimento.
O Storyville tocou todos os seus sucessos, como Blind Side, Bitter Rain, Bluest Eyes e a minha preferida, Good Day For The Blues. David Grissom com suas guitarras PRS e David Holt com as tradicionais Stratocaster e Les Paul. Grissom faz a maioria dos solos, mas Holt também desempenha quando é sua vez. O vocalista Malford é um show à parte... interage muito com o público e companheiros de banda, dança e pula bastante, além de cantar muito bem, com muita emoção.
No fim do show cumprimentei Chris Layton rapidamente, ele estava com pressa para descansar, e conversei com David Grissom. Ele contou que esteve no Brasil duas vezes já, uma delas com o Storyville. Também comprei o disco solo dele, bem interessante, na maior parte instrumental.

sexta-feira, julho 13, 2007

A good day for the blues

Good Day For The Blues é o título de uma canção da banda Storyville. Em 1994, após o fim dos Arc Angels, Tommy Shannon e Chris Layton se uniram a outros músicos de Austin e formaram o Storyville. O estilo é o mesmo, blues rock. Além de Shannon e Layton, fazem parte da banda Malford Milligan (vocais), David Grissom (guitarra) e David Holt (guitarra).
Eles lançaram três discos: Bluest Eyes (1994), A Piece Of Your Soul (1996) e Dog Years (1998). Em 2000 eles deixaram de existir como banda, mas recentemente voltaram a tocar juntos. Hoje e amanhã tocam no Antone's em Austin. Em janeiro do ano passado eles gravaram um DVD do seu show em Austin. Eu estava em Orlando na época e perdi o show.
Comecei a escutar Storyville em 2002, depois da dica do amigo e guitarrista Paulo Leorato. Gosto muito deles, a voz de Malford é muito bonita, e os dois guitarristas excelentes.
Então, hoje é um bom dia para o blues. Estou saindo agora para o Antone's, mas antes vou passar na Waterloo e comprar o CD/DVD ao vivo. Depois conto como foi o show.

segunda-feira, julho 09, 2007

Aqui está o System 106!

Para quem estava curioso, aqui está o aparelho que dá nome a esse blog. Achei a foto no site http://www.audiorama.com.br/, vale a pena uma visita para alimentar a nostagia.

Ainda tenho o aparelho guardado lá no Brasil, pretendo fazê-lo funcionar no fim do ano. A tampa do toca-discos e a pequena proteção dos cabeçotes do toca-fitas já se foram. As caixas e o rack apodreceram. Mas tem uma peça que faz falta: o contra-peso da agulha. Eu improviso com algumas borrachas, mas gostaria de ter uma peça igual.

Nesse aparelho escutei muito Iron Maiden, Jethro Tull, Metallica, Rush, muitos discos raros e muita trilha de novela... Aos poucos vou falando no blog sobre tudo isso.

Um abraço!

domingo, julho 08, 2007

Outra palheta pra coleção


Pois então, peguei mais uma palheta do Doyle Bramhall II. Mas a experiência como um todo deixou a desejar. Não sei o que houve, se foi a guitarra desafinada que entregaram pra ele na primeira música, ou o som do Antone's que não estava legal, ou até mesmo algum problema pessoal, mas Doyle não estava em um de seus melhores dias. Musicalmente ele como sempre esteve ótimo, mas alguma coisa não estava legal pra ele. Foi muito seco com o público, fez o show praticamente todo voltado para a área de backstage, onde havia pessoas conhecidas dele. E estava visivelmente incomodado com alguma coisa, parecia que estava louco pra acabar o show e ir embora.

A grata surpresa da noite foi a banda de abertura, The Sonnier Brothers Band (http://www.sonnierbrothersband.com). Muito boa. Normalmente eu não gosto de nenhuma banda de abertura dos shows que eu vou - e eles insistem em colocá-las. Desta vez me surpreendi. A banda é blues rock, são três guitarristas, e uns arranjos vocais muito legais, lembrando King's X. O baixista, que usava uma camiseta escrito Brazilian Jiu-Jitsu, até puxou um Hamer 12 cordas para algumas músicas! Destaque para a cover de Gary Wright, "Love Is Alive", originalmente sem guitarras.

Os Arc Angels tocaram por uma hora e meia e desfilaram quase todas as músicas do primeiro e único disco. Faltou Sweet Nadine e See What Tomorrow Brings. Abriram com Paradise Cafe e fecharam com Too Many Ways To Fall. Eles tocaram algumas canções de outros compositores mas eu não consegui identificar nenhuma. Doyle e Charlie não fizeram a tradicional troca de guitarras, mostrando o quão inconfortável estava Doyle.

No fim, saíram sem agradecer muito a galera, e sumiram para os camarins. No Antone's, a área VIP fica num mezzanino. Ao ir embora vi Doyle sozinho, debruçado no mezzanino e olhando para o público. Chamei-o e pedi uma palheta, ele procurou nos bolsos, achou uma e me deu. É uma Fender Heavy, sem nenhum detalhe personalizado. Mas eu sei que ele tocou com ela e isso é o que importa. É claro que ele não lembra, mas era a segunda vez que ele fazia isso. Espero que não tenha sido nada de muito ruim que tenha causado esse aborrecimento dele, e que ele esteja bem. Gosto muito da música dele.



Para dar uma idéia de como foi a noite, aqui estão dois clips que fiz com a minha câmera digital. Me perdoem pela má qualidade do som. Eu estava bem na frente do amplificador de Bramhall, um cabeçote Marshall com uma caixa Hayden, bem antigos. Então só se ouve uma guitarra, abafando todo o resto.

Sent By Angels:


Livin' In A Dream:


Valeu!

quinta-feira, julho 05, 2007

Hoje e amanhã: Arc Angels!

Os Arc Angels são um super grupo que surgiu em Austin no início dos anos 90, logo após a morte de Stevie Ray Vaughan. A banda de SRV, Double Trouble, composta por Tommy Shannon e Chris Layton, se uniu a dois jovens cantores/guitarristas: Charlie Sexton e Doyle Bramhall II. O pai de Doyle é um lendário baterista da região e eles chegaram a dividir residência com SRV. Doyle cresceu ao lado de Stevie, o que até hoje transparece em seu trabalho.
Os Arc Angels lançaram um excelente disco em 1991 e tiveram sucesso mundial relativo ao emplacarem dois vídeos na programação da MTV: "Livin' in a Dream" e "Shape I'm In". O primeiro passava toda hora na MTV Brasil, quando ela ainda tocava música, em 1992. Quem me apresentou a banda foi meu amigo André Sebem, guitarrista d'Os Udigrudis e d'Os Chefes, entre outras bandas de sucesso de Santa Catarina. Ele me emprestou o CD e eu demorei pra devolver.
O som é sensacional... mistura o firme blues rock do Double Trouble com a musicalidade de Doyle e os refrões pegajosos de Sexton. Bramhall e Sexton se alternam na voz principal e solos, se completando e criando uma intrincada textura sonora. É daqueles discos que você nunca se cansa de escutar. Se você ainda não os conhece, está perdendo.
Infelizmente, como banda eles não duraram muito tempo. Doyle teve problemas com drogas, e eles se separaram. Tommy e Chris ainda tentaram uma experiência semelhante com o grupo Storyville (também muito bom por sinal), mas sem o mesmo sucesso. Charlie continua fazendo carreira solo, e também algumas turnês como guitarrista de Bob Dylan. Doyle se recuperou e voltou a gravar e compor. Algumas de suas músicas foram gravadas por grandes nomes como Eric Clapton. Ele ainda fez parte da banda de Roger Waters na turnê In The Flesh (que passou pelo Brasil) e recém terminou uma turnê mundial como guitarrista de apoio de Eric Clapton.
Enfim, quando vim a Austin pela segunda vez, em 2002, dei sorte. Eles estavam se apresentando como headliners do Austin City Limits Music Festival, em sua primeira edição. Consegui ficar bem na frente do palco, tirei muitas fotos e ao final do show ganhei a palheta do Doyle. Ele viu que eu estava curtindo os solos dele, então me chamou ao fim do show e colocou a palheta na minha mão. Eles tocaram o disco inteiro! Experiência que eu achava que tinha sido única.
Amanhã terei a chance de repetir... os Arc Angels tocam hoje e amanhã no Antone's, e eu já comprei os ingressos há alguns meses. Depois eu conto como foi.

segunda-feira, julho 02, 2007

Eddie Van Halen lança o EVH 5150 III

É isso aí, depois de dois anos de trabalho em conjunto, Eddie Van Halen e a Fender lançaram o amplificador EVH 5150 III.
Como eu já havia comentado antes, Eddie chegou aonde nenhum outro artista chegou. Outros artistas têm seus modelos "Signature". Ele têm uma marca própria (EVH), de onde sairão diversos produtos. O primeiro foi a guitarra EVH Frankenstein, uma réplica perfeita da sua guitarra que foi usada desde os primeiros discos do Van Halen. Esta guitarra chegou às lojas este mês. Apenas 300 exemplares foram fabricados, e o preço é 25 mil dólares. Apenas as Guitar Center Platinum Stores receberam a guitarra para display.

O segundo lançamento foi o amplificador EVH 5150 III. Claro que ele não foi somente um upgrade dos modelos anteriores, fabricados pela Peavey. Ele foi projetado do zero por Eddie, seu técnico Matt Bruck e pela Fender. Foi um grande desafio, pois a Fender não tinha nenhum amplificador de alto ganho em sua linha. Levou dois anos para ser finalizado.

Ele tem três canais, que funcionam como se fossem três amplificadores independentes: um canal limpo, um para base e outro que ele apelidou de "over the top", com um ganho absurdo. Ele usa mais o do meio. Não tem reverb. O preço é $1,999 pelo cabeçote e $1,099 pela caixa com quatro falantes Celestion EVH. Também aí ele inova e se torna o primeiro artista a ter um falante Celestion com seu nome. O conjunto vem em cores preta e marfim. O marfim é muito lindo.

Dêem uma olhada em www.evhgear.com. Este mês também saiu uma matéria na Guitar World sobre o amplificador. Eddie foi perguntado sobre a sua recente internação numa clínica de desintoxicação, mas preferiu não falar sobre o assunto. Ele agradece o carinho dos fãs e diz que vai falar sobre isso num momento mais apropriado.